domingo, 30 de setembro de 2007

A quem pertence Moisés?

Nascido no Egipto com um origem paterno duvidoso,
foi educado pelos faraós e praticamente sem os seus pais biológicos.

Considerar que a sua mãe era judia, seria um erro,
porque ainda não havia o judaísmo quando Moisés nasceu.
O judaísmo nasceu no dia em que Moisés recebeu os 10 mandamentos.

Por isso, quando Moisés nasceu a sua mãe não podia ser judia,
e de facto todos aqueles escravos que ele libertou do Egipto
também não podiam ser judeus.
Qualquer escravo de alguma religião ou crença pagã
podia ter-se juntado a ele na sua grande fuga…
da escravidão.
Por isso no dia D, quando começou o êxodo do Egipto,
Moisés não era judeu e o judaísmo nem sequer existia.
O que significa que os seus seguidores podiam ter sido de todo o tipo.

Para além disso, há uma grande contradição
em relação à maneira em que Deus falou a Moisés.
Enquanto que no Egipto Deus lhe teria pedido para matar
todos os primogénitos de todas as famílias egípcias e, supostamente,
também roubar os tesouros dos faraós.
2 anos depois… e 135 quilómetros pelo deserto de Sinai adentro
Deus teria pedido a Moisés para:
1 – Não matar e 2- Não roubar
Foi o mesmo Deus que viu duas versões totalmente diferentes?
Ou foi o mesmo Moisés que mudou de ladrão e assassino a profeta?

Devo aceitar e acreditar que Moisés existiu
porque a minha religião e as outras duas religiões monoteístas
o reconhecem e confirmam…
Mas a sua identidade intriga-me,
e o facto de algumas pessoas depois
o terem reivindicado como sendo exclusivamente seu.

Até agora tudo bem,
mas agora surge outro problema ou outro enigma na minha cabeça:
quando Moisés chegou à terra de Canaã,
com todas aquelas pessoas que não eram necessariamente
o “povo escolhido”
encontrou um país habitado, e não um deserto vazio,
nem desabitado, nem abandonado…
“nem à venda, nem para alugar”…
Por isso a minha pergunta é a seguinte:
Como é que Deus, supostamente, prometeria uma terra habitada
a uma multidão que não era necessariamente escolhida
e nem sequer era judia?
E em segundo lugar: o que é um judeu?
Talvez alguém que seguiu Moisés?
E a minha segunda pergunta seria: quem é israelense?
Talvez qualquer pessoa que segue David Ben Gurion…

Então, quem sou eu?
Também sou judeu?
Ou sou apenas um crente?
Visto que também Jesus e Maomé reconheciam Moisés,
seriam também eles judeus?
Ou simplesmente crentes fervorosos?
Então
A terra prometida pertence-nos a todos…
Assim como Moisés pertence a todos…


Raja Chemayel
30 de Setembro de 2007

sábado, 29 de setembro de 2007

Ópio, oportunidades e opiniões

Se um ocidental tem cinco namoradas,
deixa três delas, engravida as outra duas
e se casa com a sexta, só para depois se divorciar,
chamam-no playboy!

Quando um árabe tem mais de uma namorada,
chamam-no infiel,
macho ou macho chauvinista
senão maníaco sexual.

Quando Saddam Hussein ocupou o seu Koweit,
chamaram-no invasor, ditador e “ameaça a paz”,
quando George Bush bombardeia Bagdad
chamam-no “distribuidor da democracia”.
Quando os talibãs proíbem o comércio de ópio
no Afeganistão e também a sua exportação
para o ocidente chamam-nos perversos
e uma ameaça para o ocidente.
Quando as forcas da NATO esperam que
de outra maneira as exportações de ópio
para o ocidente aumentem …
Ninguém encontra uma palavra para descrever isto.

Quando um piloto israelense bombardeia
a central eléctrica de Beirute chamam-no “herói”,
quando um palestino viaja num autocarro israelense
cheio de colonos ilegais e de militares
a caminho do trabalho… chamam-no terrorista!

O Presidente Ahmadinejad não detém uma execução
totalmente legal de um criminoso condenado em Teerão…
enquanto o Presidente Bush nunca deu nenhuma amnistia,
nem adiamento, aos prisioneiros no corredor da morte…
E depois o Professor Lee Bollinger
chama ao Presidente Ahmadinejad
“ditador mesquinho”…

Quando o Presidente Ahmadinejad propôs
que se apagasse do mapa um estado agressor,
ilegal e ilegítimo chamado Israel,
chamaram-lhe tirano e anti-semita.
O que é que devemos chamar ao Presidente Bush
por apagar praticamente o Iraque do mapa?

Quando Bollinger se queixa
dos prisioneiros “inocentes” em Teerão…
o que é que devemos chamar aos prisioneiros
da Baía de Guantánamo?

Quando um russo de olhos azuis
que nem sequer é semita, e muito menos judeu,
chega à Palestina, chama-se a isto a “lei dos retornados”.
Os palestinos que estão exilados,
ou a viver debaixo da ocupação não têm nome…
chamam-lhes “os filhos de um Deus inferior”.

Raja Chamayel
À espera que o Professor Bollinger fume ópio afegão
e termine numa prisão do Bush
e tenha o Presidente Ahmadinejad como seu advogado…

29 de Setembro de 2007

Visite o meu blog antes que o Professor Bollinger o faça!!
http://frustratedarabdiary.blogspot.com

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

O maior alvo… que não se pode falhar…

Perguntam-me frequentemente porque continuo a atacar,
desacreditar, minimizar e criticar George W. Bush,
e os EUA, em geral?

A minha resposta é:
“porque é a coisa mais fácil de fazer”,
especialmente sabendo que
desde o bombardeamento ao Reichstag,
em Maio de 1945, até agora,
nada se fez correctamente,
nem eticamente,
nem sequer moralmente aceitável.

Por isso os EUA não são apenas
o alvo mais fácil para mim,
mas também o alvo que não se pode falhar.

É como atirar a um elefante adulto
a 2 metros de distância, em plena luz do dia.

Além disso, a Finlândia, o Canada e o Brasil,
nunca me fizeram nada de mal,
enquanto que Israel não sobreviveria
até a próxima sexta-feira…
sem a ajuda dos EUA…

Se os EUA caíssem,
Israel seguir-se-ia pouco depois,
mas se Israel cair…
os EUA tornar-se-ão noutra super potência chata.

Raja Chamayel
Não necessariamente um combatente…
28 de Setembro de 2007

P.S. Salvemos os EUA de Israel…
E depois salvemos o mundo dos EUA!


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terça-feira, 25 de setembro de 2007

A hospitalidade é o primeiro passo de qualquer civilização


Como medir (uma) civilização?
Os métodos variam e também são numerosos,
mas a maneira mais simples seria avaliar o grau
e a qualidade de hospitalidade das pessoas
(para começar!).

Ontem, o presidente Ahmadinejad foi convidado
da Universidade de Columbia apenas para ser insultado.

O reitor da universidade, o Professor Lee Bollinger,
enquanto apresentava o Presidente Ahmadinejad,
o seu convidado, usou termos que apenas alguém
como George Bush podia merecer…

A apresentação de Bollinger mais parecia
uma pronúncia num tribunal
quando o propósito da reunião era
“ouvir o que o inimigo dos EUA tinha para dizer”.

Entre outras “jóias”, o Presidente Ahmadinejad disse:
“porque é que os palestinos tem a culpa desse holocausto?”

Deixo ao vosso critério julgar quem
foi mais educado, quem foi mais ético e honesto
e quem tinha segundas intenções
de hipócrita e cobardolas.

Quer o Presidente Ahamadinejad seja um ditador ou não,
nunca foi tratado como “Senhor Presidente”,
nem como “Senhor Doutor”… Apesar de ser ambos!!

No Médio Oriente a hospitalidade e a civilização vão juntas
e nenhuma está agora a ser observada.
E um convidado é um convidado,
que tem de ser antes de mais nada “protegido”
e respeitado, aconteça o que acontecer.

A partir de agora, esta famosa universidade norte-americana,
e o que diz representar, são questionáveis.

Qualquer turista ocidental que tenha passado apenas 10 dias
no Médio Oriente, desfruta da genuína hospitalidade
e fala dela até 6 anos depois.

A nossa hospitalidade é legendária!!

Talvez o reitor desta universidade devesse comprar
um pacote de férias económico para um hotel de 2 estrelas
a alguma parte do Médio Oriente ou ao mundo muçulmano
apenas para conhecer uma hospitalidade superior
à que ele ofereceu a um presidente e doutor.

Raja Chemayel
25 de Setembro de 2007

P.S.: A minha filha vai entrar para a universidade no próximo ano
e eu preferiria mandá-la para a Universidade do Kazaquistão
com o senhor Borat como reitor…
do que para a Universidade de Columbia com o Professor Bollinger!
Isto não é um insulto… é uma escolha cívica!

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Que será, será...

Os patrocínios no desporto
são antes de mais nada
uma questão de prestigio.

A Malboro patrocina um carro de Formula Um
e espera que este ganhe a outro carro
que é patrocinado por outra marca de tabaco.

Também no futebol sucede o mesmo
e o exemplo mais recente é a equipa holandesa, PSV,
que ainda é patrocinado por um e apenas um
patrocinador exclusivo: PHILIPS!
Os especialistas em futebol podem confirmar isto…

Nas regatas de iates,
os bancos e as companhias de seguros competem,
e Rolex escolheu Golf como o seu cavalo de batalha.
O que é que isto tem a ver com as eleições presidenciais
Em Beirute daqui a menos de 24 horas??

Elementar, meu caro Watson!!

A embaixada francesa patrocina um dos candidatos,
a embaixada dos EUA outro,
e a União Europeia gostaria de
dar um empurrãozinho a um terceiro,
mas não tem orçamento para jogos tão caros.
A Mossad apoia totalmente a embaixada dos EUA,
o que é muito mais barato, se não totalmente grátis.
A Síria prefere um e não o outro,
embora muitos chamem a isto “interferências sírias”.
Como se os outros não estivessem a interferir!

Começou a corrida presidencial
e amanhã teremos uma ideia de quem será o vencedor.
Se ele ou ela tiver um carro blindado mais forte
do que as bombas da Mossad.

Obviamente Rafik el Hariri não teve
estas precauções de luxo,
porque o seu carro blindado era
apenas à prova das bombas sírias.

De qualquer maneira, esta noite vamos dormir
e amanhã felicitaremos o embaixador dos EUA
ou o francês, ou o iraniano, ou incluso a Mossad.

Boa noite! Durmam bem!
Amanhã será outro dia…

Sherlock Hommos
Em “vésperas da democracia”
ajudado pela diversidade da influência…

24 de Setembro… um dia antes de amanhã…

sábado, 22 de setembro de 2007

Portugal e Espanha, Líbano e Síria

Daqui a uns dias,
o Líbano deve eleger um novo presidente.

O novo presidente deve ser pró-Síria ou pró-sírio?
Onde está geograficamente o Líbano?
O Líbano está entre Portugal e Espanha talvez?
Ou foi arrancado da Síria?

Porque não deve um presidente libanês ser pró-sírio?
Preferiam um presidente pró-democracia,
Como Hosni Mubarak? Ou um pró-democracia como
o rei Abdullah da Jordânia?
O que o ocidente chama líderes “moderados”?
Quando na realidade se referem
a governantes “castrados”?

Deve o presidente da Terra dos Cedros
ser mais leal ao país que produz os vinhos Bordeaux?
ou um lacaio do país que nos deu Kentucky Fried Chicken?

Para aqueles libaneses que reivindicam que o Líbano e a Síria
foram dois países diferentes, devo recordar-lhes que
todos os seus avós nasceram como cidadãos sírios,
(a menos que fossem arménios a viver no Líbano).

A expressão “pró-sírio” usa-se como uma reprimenda,
se não como uma acusação…
Que outro “pró” preferiam?
Como pode um país de 220 km de comprimento
e 60 km de largura
estar isolado ou ser tão especial??
Somos um Mónaco, um Liechtenstein ou um São Marino?

Quem for eleito será um pró-algo…
Culpariam o presidente português se fosse pró-Espanha?

Se não gostamos da Síria, melhoremos a Síria,
em vez de nos escondermos nas saias de Condoleezza Rice,
em nome da Democracia e
em nome da independência libanesa.

Porque é que Bernard Kouchner deve
visitar 5 vezes o patriarca maronita libanês?
Bernard vai-se converter em maronita?
Ou o patriarca tornar-se democrata?
E o embaixador dos EUA no Líbano visitou
o mesmo Patriarca,
mais vezes do que a sua própria esposa!

Saad el Hariri é mais saudita do que
qualquer outra coisa que eu conheço…
E os aliados da sua coligação são pró-Israel, pró-EUA,
ou pró-França, mas nenhum deles é pró-honestidade…

Se em Portugal se falasse espanhol em vez de português,
iam querer separá-lo de Espanha?

O Líbano fala o mesmo árabe que a Síria,
temos até as mesma danças folclóricas e a mesma cozinha.
Não conheço nenhum libanês que não tenha familiares na Síria!

Tanto o Líbano como a Síria têm ambos menos de 6000 anos,
mas as suas fronteiras (separação) foram traçadas
apenas há 62 anos,
de maneira que ser pró-Síria é mais do que natural e realista.

A Alemanha agora está reunificada e
ambas partes da Síria estão constantemente
e ansiosamente separadas
por aquelas mesmas potências
que criaram essa separação artificial.

Um presidente libanês não pró-Síria é
um separatista e um renegado que foge da verdade.

Portugal sem Espanha é uma ilha.
O Líbano sem a Síria não é o Líbano!

Raja Chemayel
Um libanês porque sou sírio!
22 de Setembro de 2007

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Paz? Ou… apenas conferências pela paz?

Paz??
Ou apenas conferências pela paz?!

A paz significa muitas coisas diferentes
para muitas pessoas diferentes:

Para os israelenses
significa que podem ficar com a terra roubada.


Para os Estados Unidos da América,
não significa exactamente paz,
mas uma conferência pela paz.

Para os palestinos
é simplesmente outra “injecção de morfina”
que aliviará a dor, em vez de curar a doença,
até à seguinte conferência.


Para os gerentes dos hotéis
na estância balnear de Sharm el Shaikh
e em qualquer outro lugar
significa uma ocupação de 100%
e boa publicidade para a estância.

Para os meios de comunicação
é matéria de primeiro plano e bom material para os “talk-shows”
um impulso para a publicidade, comerciais e os patrocinadores.

Para Mahmoud Abbas,
é apenas uma desculpa para deixa a senhora Abbas sozinha em casa
e correr atrás das empregadas na estância de Sharm el Shaikh,
senão seria tudo muito chato.

Para Simon Perez
é uma oportunidade para bater o recorde mundial
da 25ª Conferência pela Paz consecutiva
(e outra vez sem resultados).

Para a Paz,
não significa nada de relevante,
simplesmente porque não se convida a JUSTIÇA…
e a vítima nem sequer é reconhecida
nem identificada!


Sherlock Hommos
Dêem-me só a justiça… fiquem com a vossa paz!!
21.09.2007

http://frustratedarabdiary.blogspot.com

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

O castigo colectivo dos inocentes castigados

A Dra. Rice mostra a camisinha* que trouxe consigo para esta ocasião…


A Dra. Condom*-Liza-Rice em Jerusalém
enquanto falava sobre o actual
castigo colectivo de Gaza
planeado para hoje, por Israel, disse:
“Não abandonaremos os palestinos inocentes”.
... fim de citação.

Eu tenho três perguntas para esta senhora:
(enquanto o meu crocodilo chora)

1 – Quem são, exactamente, os palestinos não inocentes??

2 – Aos chamados “palestinos inocentes”,
ser-lhes-á devolvida a sua terra,
se permanecerem “inocentes”?

3 – O que é que aconteceria se todos os palestinos fossem (ou se tornassem) inocentes?
Ela compensá-los-ia e apoiá-los-ia a todos?
E como? Talvez com mais uma conferência?

Sherlock Hommos
Nunca inocente!!
20.09.07

* NdT: em inglês o autor faz aqui um trocadilho com o nome de Condoleezza Rice e condom (camisinha em inglês).

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Dois provérbios… a mesma vítima…


Beirute 19/09/07

Há apenas uma hora
explodiu uma bomba em Beirute, que matou um político
e
há 5 minutos, eu escrevi o seguinte:

Um provérbio árabe diz:
o inimigo do meu inimigo é meu amigo
e
o amigo do meu inimigo é meu inimigo.


Mas este provérbio tem de ser renovado
e deve fazer-se um "face-lifting"
ou apenas um ajuste à situação de hoje.

Um provérbio israelense diz:
para bombardear o inimigo do teu inimigo
dirige as suspeitas ao teu inimigo,
e
para bombardear o amigo do teu amigo
dirige as mesmas suspeitas (também) ao teu inimigo.

De alguma maneira a Síria deve estar agradecida
por Israel se ter encarregado dos seus opositores no Líbano.


Raja Chemayel
19.09.07 às 18.46 horas

O dia em que o George chegou


Desenho de Ben Heine©

Comparemos quanta pilhagem está agora a ter lugar
no Museu Nacional Arqueológico de Bagdad
e noutras partes do Iraque, à era do regime de Saddam.

Comparemos quanto contrabando e roubo de petróleo existe agora
em comparação com os tempos em que Saddam era presidente.

Juntemos a isto violações, roubos, assaltos e por último,
mas não menos importante, a limpeza étnica generalizada.

Quantas igrejas se construíram durante o reinado de Saddam
e quantas mesquitas foram destruídas desde que chegou George Bush?
Quando Saddam era presidente os judeus de Bagdad
andavam à vontade nas ruas da cidade,
mas agora têm de ser protegidos por mercenários bem pagos…

Quantos iraquianos fugiram do seu país em comparação com os
dois milhões de trabalhadores estrangeiros que estavam bem empregados
no Iraque antes de que o George chegasse…

Não é preciso ter um Doutoramento em Ciências Políticas,
nem ser especialista em história do Médio Oriente…
Acenda a sua televisão!
Se a Al-Qaeda alguma vez existiu… nunca foi dentro do Iraque,
até e somente depois de que o George chegasse.

A fome, o caos e a guerra civil chegaram depois da invasão do George.
Se os EUA e os seus paus-mandados se retirassem do Iraque
na tarde da próxima sexta-feira,
a paz voltaria… na manhã da seguinte segunda-feira.

Nunca houve armas escondidas,
nem vamos ver nenhuma democracia!


Boa-noite! Adeus!
E para a próxima vez deixem os vossos “Georges” em casa
e com trela…

Raja Chemayel
19 de Setembro de 2007

terça-feira, 18 de setembro de 2007

A reunião familiar dos diversos impostores


As autoridades responsáveis pela imigração na União Europeia
estão agora a aplicar um novo teste de ADN obrigatório
a qualquer imigrante novo que entre na Europa
sob o pretexto de uma “reunião familiar”.

Este teste deve oferecer uma prova de 99,99% de que
o requerente-imigrante não está a mentir e que
tem uma relação (familiar) genética com a pessoa
com a qual se quer reunir… na Europa.

Por mim, não há problema!
E dou até as boas-vindas a esta medida que evita fraudes e abusos.

Há 23 anos obtive um visa de imigração
para que a minha mãe se reunisse a mim aqui na Holanda
e a papelada para provar que ela era a minha mãe…
foi um inferno…

Se esse teste de ADN já existisse em 1983,
tinha-me poupado 6 meses de esforço, 2 advogados
e uma grande perda de tempo.

Imagino que se pudesse fazer o mesmo teste de ADN
a todos os imigrantes que chegam a Israel:

1. para determinar se um falasha etíope e um judeu lituano são membros da mesma raça, ou da mesma nação;
2. se Ehud Olmert e o bom samaritano são primos directos;
3. se Simon Perez e Judas descendem do mesmo avô;
4. se Madonna e Sammy Davis Jr. têm em comum a mesma avó;
5. se os judeus peruanos são primos dos judeus chineses;
6. a lista não tem fim…

E enquanto tratamos disto… podemos determinar se
qualquer judeu está relacionado a outro judeu em Israel…
Ou relacionado com o povo “eleito”, se é que os podemos encontrar.

O teste custa 2,45 dólares
por isso com um orçamento de 13,452,556 dólares
podíamos verificar todas as pessoas que vivem no estado de Israel.

Aposto que apenas os palestinos dentro de Israel
estão qualificados para se chamar “um povo”…
… e os outros (judeus) são um monte de impostores
E pior do que isto, são diversos impostores!

O teste de ADN provará que as pessoas que estão a chegar
não têm relação com as que já lá estão
que também não estão relacionadas umas com as outras…

Ninguém é mais forte do que a ciência!
Nem mesmo as máquinas de propaganda sionista…

Raja Chemayel
Estou pronto para fazer esse teste
e saber se tenho alguma relação com Aníbal,
o Rei Hiram ou Gibran.


18 de Setembro de 2007

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Tribalismo, democracia e ilusões baratas

Muito recentemente um novo aliado do George Bush
morreu numa explosão enquanto conduzia o seu carro blindado.
Ele era um líder tribal, um líder tribal sunita
(se é que a sua seita importa neste caso).

O seu nome é irrelevante, tal como era a sua função,
ele deve ter acreditado no George quando este lhe
disse que vinha para espalhar a democracia,
que Deus, Todo-Poderoso, tinha falado com ele…

Uma curta aliança entre:
o tribalismo oportunista iraquiano e o canibalismo da Casa Branca.


Embora os EUA tenham enviado 164,449 soldados
para roubar o petróleo iraquiano…
Eles também contrataram 93,781 mercenários
para proteger aqueles iraquianos colaboradores traidores aproveitadores.

Obviamente nenhum teve êxito até agora.
O petróleo acabará e os traidores irão primeiro.

Mas o que mais me perturba é a pretensão ou a ilusão
de que se pode alcançar qualquer tipo de democracia
com a ajuda dos chefes tribais…

É como tentar restabelecer os realistas em França
com a ajuda de Gavroche ou Robespierre.

Só para o caso de ainda não terem notado:
nenhuma das escolhas e/ou aliados do Bush
se parecem, ou cheiram a… democracia!


Eng. Moustafa Roosenbloom
Director de marketing,
Democracias Congeladas Ltd.

17 de Setembro de 2007

domingo, 16 de setembro de 2007

Procura-se um judeu que tenha 21 milhões de dólares...

Recentemente fui a uma festa de gala e conheci
um dentista de meia-idade holandês que por acaso era judeu
e por isso meteu conversa comigo,
após saber que eu sou árabe.

Claro que se pode imaginar os temas e os assuntos
sobre os quais nós os dois falámos.
Como se eu e ele pudéssemos conseguir o que 8 guerras não conseguiram,
ou seja, uma solução para o problema israelo-palestino.

Entre outros argumentos podres que ele usou contra os árabes,
estava o mais antigo e clássico:
“os árabes têm 21 países porque é que
não deixam os judeus ter um só?”


Eu ouvi este argumento tantas vezes nos anos sessenta,
por isso, a minha resposta já estava pronta,
e era curta e desagradável,
e o dentista não gostou nada do que eu disse
e a nossa relação/amizade/conhecimento apenas sobreviveu
uns 12 minutos... ou nem tanto.

Depois disto,
cada um foi para o seu lado
e evitámo-nos o resto da noite.
Espero nunca ter de me sentar
na sua cadeira de dentista…


Se alguma vez, você estiver exposto
a um dentista judeu de convicções sionistas como este,
por favor tenha em conta a resposta que eu lhe dei:
“se você tivesse 21 milhões de dólares na sua conta bancária
permitia-me roubar-lhe um milhão??”
(só porque eu não tenho nada)




Por isso esteja de olhos bem abertos e ouvidos alerta
e informe-me se encontrar uma pessoa assim tão rica…
Não tem de ser um dentista,
mas deve ser judeu, milionário e sionista.
(Fácil de encontrar!!)

Sherlock Hommos
Que não pode recusar um milhão
16 de Setembro de 2007

Visite o meu blog e traga um milhão
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sábado, 15 de setembro de 2007

O jogo da culpa



O Presidente dos Estados Unidos da América
ouviu os conselhos da CIA
e por isso invadiu o Iraque.

Hoje, esse mesmo presidente aconselha-se com o General Petreaus
sobre como retirar do Iraque (inteiros).

Este mesmo presidente teve seis conselheiros
(e por acaso, todos da mesma religião)
e entretanto, todos perderam o seu emprego
por razões diferentes, mas sobre tudo pelas derrotas no Iraque.

São muitas as razões do desastre total no Iraque
e as opiniões sobre quem é culpado diferem:

O General Petraeus culpa a Al-Qaeda
Condi Rice culpa o Irão
George Bush culpa o terrorismo global
Ehud Olmert culpa a Síria
a minha sogra culpa a minha escrita
Hilary Clinton culpa os veículos Hummer não blindados
Barak Obama culpa o jet lag das tropas
Al Gore culpa o aquecimento global
Ossama Bin Laden culpa os infiéis
os dois milhões de refugiados culpam
o Alto Comissariado para os Refugiados
e
um milhão de mortos culpam…
ninguém, já não culpam ninguém.

Pessoalmente, eu culpo muitas pessoas,
mas culpo principalmente o único ganhador deste jogo:
O Estado de Israel… quem mais??

Raja Chemayel
Sem culpa… mas frustrado!!
15 de Setembro de 2007



Visitem o meu blog antes que o General Petreaus se demita também!!

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sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Três historias holandesas de três palhaços holandeses


Como se já não houvesse palhaços suficientes no nosso planeta
agora temos, aqui na Holanda, um novo super palhaço
que deu início a um novo espectáculo político.

Ele (eles) quer(em) legalizar o passo tomado
por qualquer muçulmano que queira renunciar ao Islão e
converter-se a outra religião, ou a nenhuma religião.

Sei que o Islão proíbe isso, mas na minha opinião
seria melhor que o Islão “perde-se” tais membros
em vez de os manter nas suas fileiras...
É melhor ter um não-muçulmano (como eu)
do que ter um mau muçulmano.


Também temos outro deputado
que quer proibir o Alcorão... na Holanda,
mas há 12 anos não quis proibir
Salman Rushdie! Nem a pornografia!

Também tivemos, recentemente, outra senhora palhaça
que veio da Somália para a Holanda
e precisamente direitinha ao Parlamento holandês para
“libertar as mulheres oprimidas”
e escolheu o Parlamento holandês como a
“linha da frente para a emancipação da mulher muçulmana”.
De todos os outros países!

Eu acho que se devia mandá-la a uma clínica de ginecologia
porque ela considerou a “circuncisão feminina” como símbolo da sua luta...
Mas esqueceu-se de dizer que o Islão nunca permitiu tal operação...
e que até os egípcios cristãos o fazem como uma tradição sóciocultural...
Como o faz o resto de África.

E o final desta história é que esta senhora palhaça está agora
a trabalhar nem mais nem menos do que para Richard Perle, nos EUA.
O que nos pode dar uma pista sobre quem a enviou
para a nossa Holanda ricamente emancipada, ao princípio.

Por acaso, na década em que ela viveu na Holanda
o seu estatuto mudou de refugiada para deputada.
Entretanto visitou, por acaso claro, Israel... 12 vezes...
Apenas para acabar por ir viver nos EUA.

Voltando ao nosso palhaço actual e provavelmente o seu sucessor,
que deseja proteger os direitos dos muçulmanos holandeses
que refutem o Islão... e até que procurem o Diabo, se o desejarem.

Não preciso de dizer que este palhaço
está agora baixo protecção policial 24 horas por dia...
Menciono-o só para o caso de se perguntarem
no que é que se gasta o dinheiro dos meus impostos...

Em caso de que este palhaço saiba ler,
e se, com sorte, ler a minha mensagem:
gostaria de lhe dizer (e aos seus amos)
que o Islão está seguro e saudável com ou sem ele
porque na Holanda as estatísticas mostram
que para cada 18 cristãos convertidos ao Islão
há provavelmente um muçulmano holandês que abandona o Islão,
secretamente ou de outra maneira.

E as estatísticas dos EUA sobre o mesmo assunto,
também não estão a incentivar a terra livre islamofóbica.

Por isso Ayan Hirshi Ali podia calar-se... bem calada!
Porque o que diz não vale nada!

E para o outro palhaço que renuncia ao seu Islão,
temos de lhe agradecer por fazer
tão grande favor ao Islão!
Se o tivesse feito há 200 anos
em Roma ou em Madrid,
o Papa tinha-o queimado vivo... e devagarinho!


Raja Chemayel
Um cristão a favor do Islão!
14 de Setembro de 2007

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

O tamanho de uma promessa



De que tamanho era a Terra Prometida?
E de que tamanho é agora?
Quantos quilómetros…?? Ou milhas??
Ou melhor, quantas injustiças mede?
Onde começou?
E onde acabará?

Se e quando Deus a deu
a Abraão e a Sara
não lhes chegava sete hectares?
Ou seria melhor quinze hectares?

Se Abraão tivesse tido que a partilhar
com a sua numerosa família
então chegaria vinte e cinco hectares!
Se Abraão trouxe a sua tribo toda do Iraque
suponho que trezentos hectares
eram mais do que suficientes.

Mas quando
lituanos, bielorussos, russos, polacos, letões,
romenos, ucranianos, checos, holandeses, alemães, britânicos,
eslovacos, italianos, peruanos, canadenses, croatas, malteses,
eslovenos, franceses, argentinos e etíopes
quiseram todos partilhá-la com o verdadeiro Abraão,
começaram os problemas!

Onde é que começa a Terra Prometida?
E onde termina? Nas alturas dos montes Golan?
No rio Litani? Nas margens do rio Tigre?
Ou em frente das Pirâmides??


Não se cumpriu a promessa pelo menos uma vez?
Se não duas vezes?
Porque é que a exigem outra vez? E mais uma vez?
Foi uma promessa infinita?
Ou uma promessa reciclada?

Abraão era um iraquiano que veio para a Palestina,
Ariel Sharon era um bielorusso que veio para a Palestina,
mas Abraão ouviu umas “vozes” e seguiu-as,
enquanto Ariel só, e apenas, seguiu a sua cobiça criminosa.

Se Telavive foi uma cidade prometida
Porque não Ramallah também? E Hebron? E Jericó?

Uma vez no curso da História,
Damasco teve um rei judeu
isto significa que a Terra Prometida
também inclui a capital mais antiga do mundo?

Como podem um lituano ou um etíope ocupar
o que Deus, supostamente, prometeu
a um iraquiano chamado Abraão?
Porque é que um refugiado palestino que vive na Jordânia
não pode andar, apenas 23 quilómetros, para voltar a casa, à sua Jericó
enquanto um judeu venezuelano de origem polaca,
pode voar 12,745 quilómetros até Jerusalém e ocupá-la?

Onde acaba a Terra Prometida?
E a pergunta mais importante é:
Quando terminará o massacre da Palestina?

E antes de acabar, devo perguntar-vos:
Deus prometeu um bocado de terra? (sem fronteiras)
Ou melhor, Deus prometeu-nos,
a vinda de Jesus (Issa)??
o Messias, Al Massih.


Raja Chemayel
A fé não tem fronteiras, mas a terra tem!
13 de Setembro de 2007

Um dia antes dos massacres de Sabra e Chatila
e um dias depois do assassinato de Salvador Allende.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

A Matemática do Pentágono



1- Acrescenta-se 35,000 soldados aos 162,447 já existentes,
depois retira-se 5,000
e chama-se a isto uma “redução” de forças.

2- Organiza-se ataques falsos a alvos civis
depois pede-se aos mercenários para efectuarem menos ataques
e chama-se a isto uma “redução” da violência.

3- Depois junta-se
a primeira “redução” à segunda “redução”
e chama-se a isto
um êxito.

4- O Congresso e o Senado dos EUA
acreditam em ti
e dão-te mais uma medalha…
e duas semanas de férias pagas em Eilat!!

Eng. Moustafa Roosenbloom
à procura de uma redução na inflação da propaganda
12 de Setembro de 2007

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Sander e o seu submarino nuclear


Uma história verdadeira… que aconteceu há 6 anos!

Na manhã a seguir ao 11 de Setembro de 2001
cruzei-me com o meu vizinho do lado, que me perguntou:
“como é que alguém pode odiar assim tanto os EUA??”
Eu, naquele momento, não lhe respondi
porque tinha pressa para chegar ao escritório
e já ia atrasado… porque tinha estado toda a noite
a ver televisão, a CNN e a BBC.

O nome do meu vizinho é Sander "......"
e ele é oficial da marinha holandesa num submarino super secreto...
O seu trabalho era tão secreto que ele nunca me disse o que fazia,
mas depois de sermos vizinhos 5 anos
eu podia mais ou menos imaginar o que ele fazia,
ou a importância do seu trabalho
ou, pelo menos, como devia ser guardado segredo.

O que eu estou a tentar dizer, não é o quão secreto era o trabalho dele,
mas sim o facto de um oficial da marinha holandesa num submarino nuclear
não saber no dia 12 de Setembro de 2001,
quem, ou porquê, alguém poderia odiar os EUA?!


Passaram seis anos desde este breve encontro,
e este vizinho já não é meu vizinho
de certeza que já foi promovido para uma alta patente
e espero que hoje em dia ele já tenha decidido
e se tenha dado conta de quem pode odiar os EUA?
e especialmente porquê??

Provavelmente e logicamente este jovem e inteligente oficial
deverá um dia ter o dedo num certo botão
e eu espero que ele pense duas vezes antes de o pressionar!!
ou que pelo menos ele saiba, agora,
“quem é o inimigo” e porque é que o inimigo existe??

Eu não sei onde é que Sander está agora
mas, se ele fosse ao Iraque ou ao Afeganistão,
talvez ele entendesse…
"... como e porque é que alguém pode odiar tanto os EUA??"

Raja Chemayel
A 11 de Setembro… seis anos depois.

sábado, 8 de setembro de 2007

O monte Hermon e as vítimas escolhidas

Ao voltar do seu Iraque
Abraão subiu ao cume do monte Hermon
e, segundo a Bíblia, Deus disse-lhe:
“olha para esta terra que eu te vou dar…”
Pergunta:
Abraão estava a olhar para este ou oeste?
norte ou sul?
Ou Abraão olhou 360 graus à sua volta?
Do cume do monte Hermon
pode-se ver Damasco, Beirute e Telavive,
por isso, para que lado é que Deus queria que Abraão olhasse??
Além disso,
quando Abraão estava ali, de pé, a olhar
a Síria estava habitada, o Líbano estava habitado
e a Palestina também estava habitada…
Por isso, a minha segunda pergunta seria:
Deus Todo-Poderoso pediu a Abraão para roubar
a terra dos fenícios
ou a terra dos aramitas
ou a terra dos canaanitas??
Quem foram as “vitimas escolhidas”?

A história ensina-nos que
quando Abraão foi para aquela terra,
quando Moisés chegou aquela terra,
quando David Ben Gorion roubou aquela terra,
ela estava habitada e povoada por pessoas pacíficas
que nunca prejudicaram ninguém
e especialmente nunca prejudicaram Abraão,
nem Moisés nem Ben Gorion.
Por isso, devo assumir que a Bíblia foi mal interpretada,
mal contada ou simplesmente mal usada.
A não ser que Deus tenha querido castigar os inocentes,
as “vítimas-escolhidas”
, mandando um ladrão
chamado David Ben Gorion e o seu bando de sionistas.
A ironia permanece porque Ben Gorion
não é neto de Abraão
mas Yasser Arafat e Ismail Haniyyah são.


Raja Chemayel
um fenício sortudo
porque Abraão olhou “para o outro lado…”


8 de Setembro de 2007

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Judaico-cristão

Judaico-cristão
ou
cultura judaico-cristã
ou
civilização judaico-cristã

Recentemente, pseudo-historiadores e pseudo-sociólogos
com a ajuda de idiotas-confirmados
têm usado muito frequentemente as expressões acima.

Eu não aceito tal terminologia,
porque é uma contradição de termos
e até é um “não-termo”.

Esta palavra composta
é formada por duas entidades antagónicas e diferentes
que nunca foram, não podem ser, nem poderão ser uma só…

Recordemos quando o Cristianismo e o Judaísmo se conheceram
pela primeira vez…
Eu recordo o primeiro cristão que foi pregado a uma Cruz Romana
como um favor ao Rabino Chefe de Jerusalém…
e se nós considerarmos que o encerramento
dos fornos crematórios de Auschwitz (1945)
foi o último encontro registrado entre cristãos e judeus…

Só vejo encontros de sangue e ódio:
os judeus roubam e enganam os cristãos
e os cristãos (ocidentais) assassinam
e/ou discriminam a esses mesmos judeus.

Por isso, como e quando poderia alguém
falar sobre a civilização judaico-cristã?
Os pogromos foram feitos pelos russos cristãos
as inquisições foram feitas por cristãos espanhóis
a Alemanha Nazi era uma sociedade e cultura 100% cristã.

Dizer cultura judaico-cristã é como dizer:
uma cultura de vacas e matadouros.
Dizer historia judaico-cristã e como dizer:
uma sinfonia de Mozart e uma de Atila.

Devo lembrar-vos que neste planeta
o único lugar seguro para os judeus é (ou era)
quando os judeus viviam entre os árabes
como cidadãos árabes. Só até 1948.
Infelizmente… até que o sionismo controlou o judaísmo
e criou o estado de Israel
sobre os túmulos dos árabes palestinos…

Estou a reinventar a história?
Ou apenas a recordá-la?

A expressão ou a terminologia “judaico-cristã” é absurda
nunca houve tal coisa… sempre foi judia contra cristã
contra judia contra cristã contra os judeus, etc. etc. …
começou com Jesus de Nazaré
e terminou (espera-se!) com Adolf Hitler, espera-se!

A próxima vez que oiça ou leia esta expressão sem sentido
lembre-se, por favor, que “judaico-árabe” teve uma história melhor
e que foi uma experiência sublime e um encontro humano superior.

O Judaísmo vive muito melhor sob a alçada do Islão
e/ou sob a alçada do Arabismo
a história comprovou isto no passado
e em várias ocasiões, repetidamente.

Esqueça o “judaico-cristianismo”
é uma invenção sionista e ocidental muito recente
uma cortina de fumo, uma confissão falsa…
Apenas para camuflar um passado sangrento
para ocultar uma intolerância interminável, atrocidades sem fim,
mentiras e genocídios.

Raja Chamayel
Um árabe cristão
ou melhor um cristão árabe!

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Quem matou os 150 soldados?


A revolta em Nahr el Bared acabou
e prevaleceu uma solução militar.

Sim, o Líbano pagou com 150 soldados mortos
e muitos feridos também.

30.000 refugiados palestinos, tornaram-se em
30.000 super-refugiados palestinos.

E 200 idiotas fanáticos extremistas muçulmanos
não se tornaram em mártires nem em heróis…

Quem ganhou?? É a pergunta fácil…
E quem foi responsável? Será a pergunta mais difícil.

O mundo ficou de pernas para o ar pelo assassinato de Rafik el Hariri e até se estabeleceu o Tribunal Internacional de Justiça para tratar do assunto… provavelmente é esse o preço a pagar para descobrir quem matou um bilionário??

Será que vamos ver uma investigação, internacional, multinacional ou outra qualquer para descobrir quem nos trouxe o "Fateh el Islam"?? Quem os financia?? Quem os treinou?? Porque é que vieram para Tripoli, uma cidade 90% muçulmana, para começar uma revolta muçulmana?? Ou para Nahr el Bared, um campo de refugiados palestinos, para lembrar aos palestinos que eles são refugiados pobres??

O que é que a Condoleezza Rice, o príncipe Bandar e Saad el Hariri planearam e orquestraram??
Uma pergunta simples, se não uma acusação!!
O mundo deve perseguir os assassinos de Rafik el Hariri e deixar impune quem matou 150 soldados libaneses que deixam 78 viúvas e 114 crianças.
A justiça é só para os bilionários?
E a injustiça só afecta os soldados que ganham $210 por mês??

Quem é que está acima da lei??
Os assassinos ricos e/ou as vítimas ricas??

Raja Chemayel
5 de Setembro de 2007

domingo, 2 de setembro de 2007

Pedido às potências ocidentais…

(No cartaz: Por favor não alimentem os coiotes)


Por favor não alimentem os nossos ditadores!!


Raja Chemayel
Um árabe frustrado

sábado, 1 de setembro de 2007

Reciprocidade

O Xeque Moqtada El Sadr
ordenou ao seu exército Mehdy
que respeite o cessar-fogo unilateral
durante um período de seis meses.

Os soldados dos EUA estão muito emocionados com este gesto
e deixarão de bombardear cidades inteiras
e de destruir aldeias inteiras
também durante seis meses.

A Mossad, embora não exista,
deixará de pôr bombas nos mercados cheios de gente
apenas aos sábados (Sabbat)
durante esses seis meses.

Os mercenários estrangeiros também contribuirão
com um gesto muito humano e não cobrarão horas extraordinárias
durante estes seis meses, como sinal de boa vontade...

O Governo (iraquiano) e os seus ministros durante este tempo,
deixarão de aceitar subornos e adiarão toda a corrupção
durante as horas de trabalho oficial... por seis meses!

Apenas se fará uma excepção na indústria petroleira,
porque se não se roubar durante seis meses,
será um desastre para o sistema de mercado livre...

O MI5 e o MI6 pararão todas as suas actividades subversivas
em Basra e no sul do país em geral.

A Al-Qaeda retirar-se-á para Langley, Virginia
para um curso de actualização na sede da CIA.

Finalmente, os curdos sem saber para onde ir,
e sem saber em quem confiar,
ficarão nos seus campos de treino
onde todas as formações são dadas em Hivrit.

Afinal de contas, este é um passo positivo que dará tempo a todas as partes desta tragédia para reflectir e perguntar-se:

Porque é que estou a liberar o meu país dos “libertadores”??
ou
porque é que estou a ocupar o país dos outros?
ou
o que é que tem o genocídio a ver com a promoção da democracia?
ou
ou como poderia a pilhagem dos recursos iraquianos deter o terrorismo global?
ou
como é que nos tornámos piores do que aqueles a quem acusamos de uma ditadura brutal?

De qualquer maneira, 6 meses é uma abstracção,
e um cessar-fogo é um acto de equilíbrio temporal...

Eng. Moustafa Roosenbloom
Que promete 6 meses de verdade e tréguas
1 de Setembro de 2007