Na Ucrânia o primeiro-ministro
e o presidente não estão de acordo em nada.
No Líbano também o primeiro-ministro
e o seu presidente não se falam.
Na Palestina o presidente teme e evita
o seu primeiro-ministro.
Em Israel o presidente foi apanhado num escândalo sexual
por isso teve de se demitir,
e o seu primeiro-ministro não pode ter relações sexuais…
por isso bombardeia Beirute e Gaza, para mostrar alguma potência de macho.
Mas o melhor caso está em Bagdad.
Porquê?
Porque lá reina a verdadeira democracia:
o primeiro-ministro e o presidente
nunca discutem, nunca tem divergências
nem desentendimentos.
Deve haver outra razão para este modelo de êxito bagdadiano
sem ser a verdadeira democracia importada congelada
e pronta para consumir, que vem dos EUA.
O verdadeiro segredo é que o presidente fala curdo
e o primeiro-ministro fala farsi (persa).
Enquanto na Ucrânia falam os dois ucraniano
e na Palestina e Líbano falam os quatro árabe.
Em Telavive falam ambos uma língua artificial
inventada para que se sintam como um só povo.
De qualquer maneira,
como eu disse, Bagdad é o lugar para se estar…
o governo fala duas línguas diferentes
que até são diferentes da que as pessoas falam na rua
e mesmo diferente do inglês,
que é a língua e a voz dos mestres deles.
De alguma maneira é:
um reviver dos acontecimentos da Torre de Babel,
na terra de Babel.
Por outras palavras,
7658 anos após as confusões de comunicação na Torre de Babel, prova-se agora que quando as línguas são diferentes, unem aqueles que não podem falar (ou aqueles que não dizem nada).
Raja Chemayel
promotor das comunicações babilónicas
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